Professores movem ação coletiva
Os servidores do Município de Santa Teresa estão ingressando com duas ações coletivas, a primeira exigindo que a prefeitura pague um terço de férias sobre 45 dias, por conta que o município sempre pagou esse terço de férias sobre 30 dias, e a segunda ação pede o reajuste salarial e a correção dos achatamentos de níveis da categoria.
Os professores lotaram a Câmara de vereadores na quarta (18) para uma assembleia extraordinária da classe representada pelo Sindicato dos Servidores do Município de Santa Teresa, que encabeçou a mesa que dirigiu os trabalhos.
O tema girou em torno de uma estratégia de ação da classe por conta do impasse gerado pela ação do prefeito que ingressou com um pedido judicial de cautela para que fosse impedido qualquer tipo de paralisação dos servidores na educação em Santa Teresa. O Juiz Sérgio Gama entendeu que a educação é serviço essencial e concedeu a liminar que prevê multa de R$ 2.000,00/dia para o descumprimento da decisão.
O procurador do sindicato dos servidores do município de Santa Teresa, o advogado Thiago Brasil, informou à assembleia que apesar da reivindicações, os professores em nada foram contemplados e que nada deve mudar na situação dos educadores de Santa Teresa até o final de 2018.
O professor Renato Dossi diz que o problema não é novo, vem desde 2005. “Nós os professores não somos prioridade, são 12 anos de espezinhamento, basta, não dá para aceitar a desculpa de que é preciso arrumar a casa e simplesmente não fazer nada.
Professora Vanusa Barone “Vejo no portal da transparência a lista dos servidores do município, há pessoas que ocupam cargos desnecessários, outras que trabalham onde? em quê?
O prefeito disse que o problema é a folha de pagamento, então deveria reduzir a folha, diminuir os cargos comissionados.
Votar e não cobrar de nada adianta, temos que estar juntos, engajados, se ficarmos em casa, nada vai mudar”.
O vereador Gregório Venturin manifestou apoio aos professores, disse que não tem dúvidas de que a reivindicação da classe é legítima, mas fica difícil fazer alguma coisa no legislativo, pois a oposição é minoria, a maioria dos vereadores estão fechados com o prefeito. “Santa Teresa tem uma receita de 67 milhões anuais, dinheiro tem, falta organizar os gastos, a máquina administrativa está inchada, são muitos cargos comissionados, os gestores olham pra vocês como votos, por isso não desistam da luta”. Incentiva.
De acordo com o advogado procurador do sindicato,Thiago Brasil, os servidores do Município de Santa Teresa estão ingressando com duas ações coletivas, a primeira exigindo que a prefeitura pague um terço de férias sobre 45 dias, por conta que o município sempre pagou esse terço de férias sobre 30 dias, e a segunda ação pede o reajuste salarial e a correção dos achatamentos de níveis da categoria.
O presidente do Sindicato dos Servidores de Santa Teresa Carson Geraldo Pellacani disse que nas duas conversas que os professores tiveram com o prefeito, ele não fez nenhuma proposta, nem sinalizou nada de novo, dizendo que a reposição não cabe no orçamento, que ele não tem condições de dar aumento pra nenhum servidor. “Diante desse impasse foi decidido que faremos uma divulgação, com panfletos, outdoor e manifestações, vamos informar à população e às autoridades competentes a situação dos professores em Santa Teresa”. Afirma.