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Professores reivindicam piso salarial

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Na manhã desta quarta-feira (27) professores foram para a rua em protesto aos baixos salários e reivindicando o piso salarial garantido por Lei.

Quase uma centena de professores se concentraram em frente à galeria de artesanato e saíram em passeata pelas ruas da cidade em direção à prefeitura, no caminho, placas eram expostas pelo comércio em apoio aos mestres. Além do grande número de docentes, a Central dos Sindicatos Brasileiros e alunos também participaram da ação.

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De acordo com os líderes do movimento, desde 2005 a classe vem sofrendo queda na folha de pagamento e de benefícios, uma das principais reclamações é o fato de que cada professor, independente do nível de formação está recebendo a mesma quantia, parava classe, essa política desincentiva o professor que busca uma qualificação.

Na ocasião também  foi cobrado aumento da fiscalização da aplicação do dinheiro da funcionalidade, segundo eles, tem muita gente ganhando um absurdo enquanto o professor da rede municipal sofre.

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O prefeito de Santa Teresa apareceu e disse que o pagamento dos professores está em dia.

“Não é atoa que estou no meu quarto mandato, quando retornei à prefeitura no início do ano fiz o pagamento de férias de todos os professores, temos um compromisso  de responsabilidade fiscal no município, quero dizer que neste ano ajustamos o piso salarial de todos os professores ( muitas vaias neste momento). Aqui não tem ninguém ganhando rio de dinheiro, todo mundo aqui é importante para o município. Vocês podem ir no Ministério Público dizer que não estou cumprindo com meus deveres porque estou pronto para responder, a prefeitura municipal está organizada e cuidando do patrimônio. Se quiserem fazer manifestação que façam uma à nível de estado, pois é lá que está o dinheiro. Não adianta essas pessoas que querem assumir o município virem fazer bagunça em uma época difícil. Se eu pagar mais do que o piso nacional não tenho como trazer esse dinheiro”. Explica.

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O professor Geraldo José Loss já aposentado diz que o professor tem enfrentado um achatamento salarial.
“ Quando entrei na prefeitura em 1995 meu piso era de 3,76, três salários mínimos e mais 0,76% do total, esse valor foi sendo reduzido até que em 2017 chegou ao valor de 1,6. salário mínimo”. Afirma.

O professor Renato Cosmi afirma que há uma falta de coerência entre o antes e depois  da posse dos políticos.

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“ O que nos daria medo, receio, seria calar, toda vez que um político bate à nossa porta, seja ele do poder legislativo, um candidato ao chefe do executivo infelizmente existe um cenário agradável, todo mundo é amigo, coerente, porém assim que assume aquele pano cai, restando uma parede obscura e intransponível. É para isso que estamos aqui, tenho a liberdade de falar estando adjunto ao sindicato sendo um servidor público, ninguém merece sofrer mais consequências daquilo que já sofre, o diálogo foi tentado.” Conclui.

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Uma das soluções vistas pelos professores é a redução da folha de pagamento, demitindo comissionados que nada fazem na prefeitura, e o próximo passo é deflagrar uma assembléia para dar legalidade e fazer uma possível greve no fim do ano impedindo o encerramento das aula neste ano. Os professores pedem desculpas à população pela paralisação das aulas pois isso só aconteceu por conta das irregularidades da administração.

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O prefeito Gilson Amaro deu suas declarações à todos e afirmou que o pagamento dos professores está em dia e que vai entrar com uma ação contra a administração pública para saber o que tem de errado.

 

Evandro Seixas Thome

Brasileiro, Tronco Aruake, Etnía Baré, nasceu em Manaus - AM em 1963, cursou filosofia no Colégio Salesiano Dom Bosco, foi legionário da Cruz Vermelha de 1987 a 2001, atualmente é técnico em gestão de resíduos sólidos, ambientalista pelo Observatório da Governança das Águas (OGA); Jornalista/editor do periódico mensal Santa Teresa Notícia (STN) em Santa Teresa-ES. Contatos pelo 27 99282-4408