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     Rio Guandu poluído

Carlos de Faria

 

Rio Guandu, de fauna era tão rico

Mas hoje, simulacro de penico

Pode abrigar que bicho?

Verme, protozoário, bactéria,

A bicharada torpe e deletéria,

Rebotalhos do lixo.

 

No rio em que nadei, nem molho o dedo.

É triste confessar que tenho medo

De ser contaminado.

Riqueza deu espaço pra miséria,

O peixe deu lugar à bactéria

E o cágado ao cagado.

           

Baixo Guandu é tão quente,

Que a gente

Até se esquece

Que existe frio;

E o que arrefece

É um banho de rio.

 

Mas o Rio Guandu,

Está tão poluído,

Que eu duvido

Que alguém,

Exceto um urubu,

Se atreva a mergulhar

O próprio cu. 

              

11/05/2018

 

Evandro Seixas Thome

Brasileiro, Tronco Aruake, Etnía Baré, nasceu em Manaus - AM em 1963, cursou filosofia no Colégio Salesiano Dom Bosco, foi legionário da Cruz Vermelha de 1987 a 2001, atualmente é técnico em gestão de resíduos sólidos, ambientalista pelo Observatório da Governança das Águas (OGA); Jornalista/editor do periódico mensal Santa Teresa Notícia (STN) em Santa Teresa-ES. Contatos pelo 27 99282-4408