Rio para que te quero
Por ocasião do dia Mundial do meio ambiente, Ismael Oliveira chama atenção para o cuidado com o rio Santa maria do Doce, a proliferação de gigogas na área acima da ponte, e a invasão da braquiária está interferindo na navegabilidade do rio.
O paisagista Ismael Paulo de Oliveira, 57 anos, morador de São João de Petrópolis, nascido e criado às margens do rio Santa Maria do Doce, cresceu pulando dos lajedos e das árvores, conta que naquele tempo o rio tinha muita água.
Muito identificado com o rio, Ismael mostrou se preocupado com o futuro do Santa Maria, sua navegabilidade e a conservação das espécies. O naturalista convidou nossa reportagem para um tour no Santa Maria do Doce, e o que vimos foi a plácida beleza de um rio que marca a memória de todos que têm o privilégio de navegar em suas águas.
Embarcamos próximo a ponte em seu pequeno bote e navegamos rio acima. De repente estávamos imersos no bucolismo pulsante da exuberante vegetação das margens preservadas o rio Santa Maria do Doce em sua parte navegável. De acordo com nosso guia, o trecho navegável é de aproximadamente 12 km (da ponte até a cachoeira do Rúdio).
A cada curva a beleza cênica e uma fauna rica, com aves multicores, além de macacos, capivaras, garças, répteis e peixes, muitos peixes: desde piábas, acarás, bagres diversos, piaus e outros. Destaque para o fato de mesmo na zona urbana o rio possui sua mata ciliar intacta.
Ismael conta que barracão já foi área de lazer na época que tinha praia no trecho abaixo da ponte e sonha recuperar essa característica com um projeto de canoagem e revitalização da praia que hoje está tomada pelo mato. “A idéia da canoagem pode ser uma maneira de chamar atenção para a beleza cênica do rio e a preservação de seus muitos habitantes , pois navegar pelo rio é um exercício de saúde”. afirma.
Por ocasião do dia Mundial do meio ambiente chamo atenção para o descaso com o rio que pede socorro, a proliferação de gigogas e a invasão da braquiária está fechando o canal em alguns trechos.