Santa Cruz é palco da primeira edição do Festival de Cinema Velas do Piraquê-Açú
A Apresentadora Luana Esteves, fará a abertura do novo Festival de Cinema do ES, que terá o Piraquê-Açu como pano de fundo, exibindo 32 filmes de curta-metragem nos dias 26 e 27 de março. Em um mês o festival recebeu 384 filmes de 20 estados brasileiros.
A primeira edição do Festival Velas do Piraquê Açu acontece em Santa Cruz com sessões de cinema, palestras, shows, recitais de poesias e desfile de veleiros no Rio Piraquê Açu. Por conta da pandemia, o formato será híbrido com transmissão pelo canal da Satírica Filmes no Youtube.
A programação conta com palestras onde serão abordados os temas “Ódio à Arte: a Cultura de Esquerda e seus percalços”, com a historiadora Cíntia Braga; “APA Costa Das Algas , Manguezal e Rio Piraquê Açu”, com Alessandro Chakal; e “Santa Cruz, de aldeia jesuítica a vila indígena: a trajetória de um lugar”, com o professor da Universidade Federal do Estado (Ufes) Luiz Cláudio Ribeiro. E uma super live com o cacique Werá Djekupé, da aldeia Kaagwy Porã (Nova Esperança), sobre o reflorestamento de 100 hectares da aldeia, que recebe apoio do festival e da Associação dos Amigos do Piraquê Açu (Amip).
A coordenadora do Festival Luiza Lubiana diz que o tema do Festival de Cinema Velas do Piraquê-Açu é: ‘O Rio Piraquê-Açu deságua em todos os rios. Um rio não é somente um curso d’água, mas tudo aquilo que pode fenecer se ele deixar de existir’. “É um rio que nasce em Santa Teresa e vem colhendo as águas que descem pelo lado norte da região Centro Serrana gerando vida e esse espetáculo cênico da sua foz, a primeira edição é uma homenagem a essa fonte de vida. Nesse momento, as pessoas estão confinadas em suas casas e, mais do que nunca, necessitam de arte e cultura, que são alimento para o espírito. Em apenas um mês de inscrição, recebemos 384 filmes de 20 estados brasileiros.” Explica.
Na Mostra Piraquê-Açu, serão apresentados filmes que homenageiam povos originários, realizadores indígenas e temas ambientais. A Mostra Pororoca vai abordar feminicídio, homofobia e injustiças sociais, e a Mostra Guerrilha vai apresentar um panorama de filmes independentes. Além delas, acontece a Mostra A Escola Vai ao Cinema, que também será divulgada pelas plataformas da Secretaria Municipal de Educação de Aracruz, com foco em atingir os alunos da rede pública municipal.
Lubiana conta ainda que o rio nasce em Santa Teresa onde também realiza o Festival de Cinema de Santa Teresa (Fecsta) “A ideia primordial de quando se faz um festival não é só exibir um filme, mas estabelecer um diálogo com a comunidade. O Rio Piraquê-Açu é magistral e estamos numa época em que temos que valorizar e cuidar das águas”, diz Luiza Lubiana,do evento. “O Rio não é só um curso de água. É tudo que fenece se ele deixar de existir”.
Premiação
Os melhores filmes serão premiados com o Troféu Piraquê-Açu nas categorias: melhor ficção, melhor animação, melhor filme capixaba, duas menções honrosas e melhor filme eleito pelo júri popular, além do troféu Tupiniqueen para melhor filme de baixo orçamento. Fora das mostras ainda haverá exibição do curta-metragem Rio Itaúnas, de Kika Gouvea, e do documentário de curta-metragem Temporada Azul, de Henrique Bressiane e Alexandre Batalha.
Programação
Na noite do primeiro dia, acontece o sarau de poesia,com os poetas da localidade de Santa Cruz e convidados, Lobo Pasolini, Luiza Lubiana, Ériton Berçaco, Alencar, Leonora e Alexandre Batalha.
Na manhã de sábado (27) acontece um encontro de veleiros, que farão uma saudação no Porto de Santa Cruz, primeiro ponto de abastecimento dos velejadores quando vão para o norte do Estado. O festival encerra com a cerimônia de premiação,onde o show é comandado por Simone Mazzer e banda.
O 1º Festival de Cinema Velas do Piraquê-Açu é um evento realizado pela Satírica Filmes Produções e foi agraciado no Edital Artes Integradas, da Lei Aldir Blanc – Secult – ES e tem o apoio da Prefeitura Municipal de Aracruz, Rede gazeta de Comunicações e Sebrae.