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Uma alma inquieta por mudanças

Hoje vamos entrevistar a pré-candidata à vereança em Santa Teresa, Cristina de Almeida Coelho. Cris (como é conhecida), nasceu em Mogi das Cruzes, São Paulo no verão de 1978, filha de Marta Lúcia de Almeida Coelho e de Francisco de Barros Coelho

STN – Conte-nos um pouco sobre sua história de vida?

Cris – Meu pai trabalhou muitos anos em uma construtora, fizemos muitas mudanças quando pequena morei no Rio de Janeiro, em Joinville Santa Catarina, depois fomos para o Rio Grande do Sul onde morei em Santana do Livramento isso foi até os 06 anos quando ficamos finalmente paramos por mais tempo em  Araucária, Paraná onde morei até a idade dos 15 anos.

Depois fui para Curitiba onde terminei o ensino médio e entrei na Faculdade de Direito de Curitiba, mas não consegui terminar por questões pessoais. Aos 22 anos fui para a Europa, morei na França em uma pequena cidade chamada Le Perray en Yvelines, de lá me mudei para Valladolid, Espanha. Enfim voltei para nosso amado Brasil em 2009.

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Cris ao lado do esposo durante a formatura da filha Beatriz Barthélemy, em Engenharia Biomédica

STN – Como você chegou no Espírito Santo?

Cris – Quando voltei, minha mãe havia se mudado para o Espírito Santo e eu gostei daqui, o clima agradável, fui trabalhar na Praia da Costa em Vila Velha, substituindo a proprietária do Restaurante Bistrô enquanto ela estava de licença maternidade. Depois fui para Santa Maria de Jetibá, onde tentei abrir uma pousada, infelizmente na época agi com o coração, conhecia pouco do Espírito Santo, acabei vendendo tudo lá e vindo me estabelecer em Santa Teresa.

STN – Largou a faculdade, foi para a Europa, o que fazia lá?

Cris – Profissionalmente já naveguei em várias direções, mas gosto de gastronomia. Quando larguei a faculdade de direito e fui para a Europa, lá trabalhei como freelancer em restaurantes, pois sou amante da fina gastronomia, quando voltei para o Brasil  trabalhei no Restaurante Bistrô, e depois me dediquei à construção de uma pousada em Santa Maria que na época foi um empreendimento ousado, mais me faltou orientação tendo em vista que Santa Maria não é uma cidade turística. Hoje com a experiência que adquiri com certeza não faria.

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Cris, com os clientes, Angelina Barth e Liliane com sua filha

STN – E atualmente?

Cris – Atualmente, junto com meu companheiro Genevaldo Siny estamos trabalhando para implementar uma pousada e um pesque pague no sítio onde moramos, a vida no campo é muito boa, mas difícil viver apenas da terra, por isso estamos diversificando nossas atividades juntando todas as nossas paixões: terra, gastronomia e o atendimento ao público, com o empreendimento da pousada.

STN – O que você pensa de Santa Teresa?

Cris – Santa Teresa é uma cidade muito linda, mas claro também tem seus problemas, porém muitos deles tem soluções simples, basta apenas empenho do poder público nas soluções.  Me mudei para Santa Teresa há 12 anos e sou apaixonada pela terra de Ruschi. 

Quero ajudar a cidade a crescer e se organizar, sobretudo na área do turismo, tenho participado de reuniões e cursos no Sebrae para fomento do turismo na região.

Santa Teresa possui uma riquíssima cultura, biodiversidade e tem um potencial de crescimento, quero ajudar minha cidade que adotei de coração a ser ainda melhor.

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Em sua propriedade ao lado do esposo Genevaldo Siny

STN – O que te motivou a entrar para a política e qual sua bandeira?

Cris – Minha motivação é o desejo de mudança, melhorias na nossa querida Santa Teresa, meu desejo aumentou quando tivemos que lidar com a questão da realocação do transbordo do lixo, fiquei indignada quando eu e meu companheiro descobrimos que simplesmente iriam tirar o problema de um lugar e levar para outro sem um verdadeiro estudo e sem sequer consultar os moradores da região, “vamos resolver o problema de alguns, levando o problema para outros” isso me causou uma indignação sem tamanho, colocar o transbordo de lixo tão próximo a casas, um córrego de água e em frente a Reserva Augusto Ruschi. Acho que precisa de mais fiscalização na cidade para que coisas desse tipo não sejam nem cogitadas. 

Olha o exemplo da saúde, uma cidade que não tem um pediatra? É impensável nos dias atuais, precisamos progredir e não retroceder, a saúde pede socorro o teresense tem uma grande estrutura, a Rede Cuidar que atualmente não serve a quase nada, sem médicos especialistas o cidadão tem sair da sua cidade de madrugada para conseguir uma consulta com um médico, é o cúmulo, medicamentos estão faltando, regras que mudam todo o dia. Utilizar a saúde pública é difícil, mas em Santa Teresa é mais difícil ainda, exames que levam anos para serem autorizados, muitas vezes quando saem, o paciente já desistiu e resolveu de outra forma, é triste ver uma cidade tão rica e ao mesmo tempo tão abandonada. A coleta de lixo no interior é duas vezes por semana, os contêineres estão sempre repletos de lixo. Os problemas têm aumentado na cidade a exemplo dos pobres animais abandonados, se faz necessário um trabalho de conscientização de toda a população, até porque isso também influencia muito na saúde pública, podemos vir a ter sérios problemas com doenças advindas desses bichos que estão à margem da sociedade, a limpeza e o cuidado com os animais se fazem urgentes para evitarmos surto de doenças endêmicas.

 

 

 

 

 

Evandro Seixas Thome

Brasileiro, Tronco Aruake, Etnía Baré, nasceu em Manaus - AM em 1963, cursou filosofia no Colégio Salesiano Dom Bosco, foi legionário da Cruz Vermelha de 1987 a 2001, atualmente é técnico em gestão de resíduos sólidos, ambientalista pelo Observatório da Governança das Águas (OGA); Jornalista/editor do periódico mensal Santa Teresa Notícia (STN) em Santa Teresa-ES. Contatos pelo 27 99282-4408

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