Sebastião Nunes – Várzea Alegre meu rincão
Esta coluna visa divulgar nomes e perfis de pré candidatos a vereadores do município que sejam pouco conhecidos e não tenham mandato, a idéia é permitir que sejam conhecidos pelo grande público. Notificando que há possibilidades de adiamento das eleições municipais. O Congresso Nacional estuda adiar o primeiro turno deste ano para 15 de novembro ou 6 de dezembro. A ideia é permitir que as eleições ocorram sem riscos relacionados à pandemia, mas evitar também que os atuais mandatos de prefeitos e vereadores sejam prorrogados.
Sebastião Nunes, terceiro dos 5 filhos de Vicente Alves dos Santos e Maria de Jesus Nunes Dos Santos. O filho do meio, entre 2 homens e duas mulheres.
Nasceu na cidade de Água Boa, nas Minas Gerais, chegou em Várzea Alegre no final de 94, com 8 anos. Estudou no Colégio Singular do Alto Rio Perdido, em seguida na Escola EMEIEF Sebastião José Pivetta e posteriormente EEEFM Frederico Pretti.
Sebastião conta que cresceu no distrito trabalhando nas lavouras e segundo conta se apaixonou pela história local da imigração e do desbravamento da região com a professora Maria Eunice Venturini que me ajudou, me incentivou, minha segunda mãe.
“Foram tempos alegres, mas também difíceis, lembro que em 2001, eu e o filho da professora, Bruno Venturini, saia de casa 4:00 hs da manhã todos os dias pra vir estudar em Barracão, dormia na casa dela, minha casa era longe, pra mim descer de madrugada sozinho. É uma pessoa a quem devo minha instrução, me incentivava, elogiava meu empenho nos estudos, dizia que eu era inteligente, tinha que prestar atenção nas aulas, pois quando eu chegava em casa, ia pra roça, nunca tinha tempo pra estudar para provas, porém, nunca tirei uma nota vermelha na minha vida escolar”.
A Professora hoje aposentada Maria Eunice Venturini Eduardo, sobrinha de Frei José, que trabalhou no magistério por 26 anos na Escola do Alto Rio Perdido, diz que Sebastião era um aluno aplicado. “Tive orgulho de ser professora, Sebastião sempre foi uma pessoa muito simples, mas muito dedicado no que fazia, era persistente e sempre procurou dar o melhor de si. Até hoje ele é assim”.
Perguntado sobre suas motivações para a vida pública, Sebastião informou: “Meu sonho para várzea alegre é trazer para cá os serviços essenciais para que a população não precisa se locomover tanto para ir a um banco, ter uma agência para que as pessoas possam pagar suas contas e fazer depósito, pelo menos, um caixa eletrônico para que o aposentado não necessitar vir até o centro. Levar segurança, um posto policial visto que o distrito cresce cada vez mais, o número de pessoas aumenta, por isso é necessário segurança. Meu sonho não é apenas com a comunidade de Várzea Alegre, mas compromisso com todas as comunidades, trazer o turismo para essas comunidades.
História da comunidade de Alto Rio Perdido
A comunidade recebeu este nome devido ao fato de há muitos anos atrás um homem ter se perdido em suas matas. Como ele se orientou através do rio ali existente e começou a se chamado de rio perdido, mais tarde passou a chamar se Alto Rio Perdido.
Formada mais ou menos entre os anos de 1920 a 1927, com as famílias : Bridi, Demuner, Magnoni, Zanotti, Sebastião Corteletti, todas descendentes de italianos. As atividades desenvolvidas na época foram: milho, café, feijão, cana de açúcar e gado. Sendo esse último um pouco precário.
O meio de transporte era a cavalo não havia estrada de carro, a primeira foi por volta de 1953 saindo da comunidade de São Paulo até São Paulo de Rio Perdido, sendo que foi feita de enxadão pelos moradores Antonio Magnoni e Sebastião Corteletti.
As casas eram feitas de tijolo e principalmente de madeira e a cobertura de tabuinhas. Os costumes herdados dos antepassados foram as danças de forró e as festas religiosas.
A alimentação era à base de massas, arroz (servido somente em ocasiões especiais), feijão, polenta leite, ovo, carne de porco, batata doce, mandioca, cará e galinha. O açúcar usado era da colônia, fabricado na comunidade.
A energia elétrica chegou por volta de 1970 sendo que antes a iluminação era lampião ou lamparina, se passava roupa com ferro a brasa.
A primeira escola existente na comunidade foi construída mais ou menos em 1935 por Silvio Magnoni e outros moradores, o primeiro professor a lecionar nesta escola foi Dario Coser. A atual escola foi construída no ano de 1970 em terreno doado por Pio Angélico Corteletti, na administração de Waldyr Loureiro de Almeida. A primeira professora a lecionar foi Maria de Lurdes Rassele Corteletti. A religião que predominava era a católica e a comunidade frequentava a igreja da comunidade de São Paulo do Rio Perdido. A primeira capelinha foi construída de madeira pelos imigrantes por volta de 1885 mais ou menos.
A primeira igreja construída em alvenaria foi em 1900 e o construtor foi Miguel Canon e Salvador, foi inaugurada por Frei Leandro. A escolha do padroeiro foi sugerida pelos imigrantes italianos que traziam essa tradição ( da Itália ) de São Paulo o apóstolo.
A igreja atual foi construída em 11 de Junho de 1972, com a cooperação da sociedade e do povo.
Construtor: Varisto Venturini
Vigário: Frei Antonio Zuquestto
Presidente: Firmino Corteletti
Fabriquerios: Geraldo Rocon, Liniro Loss, Laurindo Bridi, Antonio Lopes, Desolina Cravo
Catequista: Carmelita Loss Demuner